Tinha feito frango assado há uns dias, logo, andava pelo frigorífico uma data de frango que era preciso usar.
Neste caso, além de frango havia também uma data de pão
duro. Nunca tinha comido açorda de frango mas não há como experimentar… as
alheiras são uma espécie de açorda de frango… não podia ficar assim tão mal!
Para esta açorda usei:
Frango (um peito e uma coxa de frango assado, sem pele)
2 ½ De pão alentejano
5 Dentes de alho
2 Colheres de sopa de azeite
Coentros
1 Ovo
½ Colher de vinagre balsâmico (opcional, ajuda a incentivar
os sabores)
Comecei por “partir” o pão, à mão, em bocados pequenos. De seguida
juntei água a ferver, fui juntando água e mexendo até o pão estar todo molhado
e a desfazer com facilidade e não haver água por embeber. Aproveitei também
para juntar algum sal.
O passo seguinte foi pôr o tacho ao lume com o azeite e os
alhos picados.
Assim que os alhos começaram a ficar com alguma cor (mesmo
muito pouca) juntei o frango desfiado e mexi durante um ou dois minutos.
(Numa açorda normal o pão é deitado no tacho quando o azeite
está a ferver, neste caso o frango absorveu o azeite todo e a lógica dir-me-ia para
juntar mais. Como achei que juntar mais azeite era um disparate experimentei
continuar mesmo assim e não me arrependi)
Juntei o pão ao frango e fui mexendo.
Juntei os coentros e continuei a mexer. A açorda muda de
textura, fica mais seca e, neste caso o frango ficou completamente desfeito em
fios. (Se em vez de desfiado o frango for cortado antes de ir para o tacho
penso que não se vai desfazer).
Continuei a mexer até a açorda se começar a despegar dos
lados do tacho, queria que ficasse menos mole do que uma açorda de marisco e
mais parecida com as “migas” que costumam acompanhar a carne de vinha-d’alhos.
Desliguei o lume, corrigi o sal, juntei o vinagre e o ovo
imediatamente a seguir e mexi muito bem.
Servi polvilhada com mais coentros e acompanhada com muita
alface (para ver se aligeirava o sentimento de culpa).
A experiência foi um sucesso, mesmo parecendo improvável, é
das que tenho a certeza que vou repetir.
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